terça-feira, 20 de agosto de 2013

Gritos ao silêncio

Se eu posso explicar? Não. Não posso. Apenas sinto. Aquela coisinha no meio que ao mesmo tempo pode ser meu amigo, como inimigo. Sinto, choro, grito, silencio, sonho, falo e você sempre está presente. Sempre. Não importa o que eu faça, nada está a meu favor. Não vou, nem posso dizer que não tentei, porque tentei. Ia ao seu encontro lhe referir a palavra, mas dava meia volta e sentava em meu lugar novamente. O professor continuava a falar, e meus pensamentos só em você. Desenhos e palavras só descrevendo-te, e já não sei mais o que fazer. Se falo contigo, se não falo.. É uma incógnita. "Mas e se der tudo errado?", "Se ele não me quiser mais?" Na verdade nunca me quis como eu o quis. "Mas e se acontecer de novo?", "Será que ele vai me ignorar, me deixar falando sozinha?". São perguntas que me faço o tempo todo. A única coisa que eu quero de volta é teu cheiro, teu cheiro na minha camiseta, no meu travesseiro, na minha cama. Tuas mãos nas minhas, meu corpo colado ao teu, nossas almas unidas em uma só. Talvez eu esteja exagerando, talvez eu nunca terei isso, talvez eu nunca tive. Mas sei que quando me perguntam como estou, digo que estou bem, mesmo estando triste por não te ter aqui comigo. Queria poder ser mulher o suficiente pra ter coragem de te dizer isso tudo que está passando dentro de mim. Essa confusão. E talvez ela seja melhor do que eu mesmo. Não sei. Mas quero ser melhor que ela.
Te amo

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